03 Nov
03Nov

     Viajar pelo mundo deveria ser uma experiência empolgante e enriquecedora, mas quem nunca se sentiu ultrajado ao ver os preços de alimentos e bebidas nos aeroportos? Em diversos países, itens básicos como água e sanduíches têm preços que beiram o absurdo. Em alguns dos principais aeroportos da Europa, uma garrafa de água pode custar inacreditáveis 9 euros, enquanto um sanduíche simples chega a 16 euros. Nos EUA, não é diferente — uma cerveja em Nova York chegou a ser vendida a 27 dólares, gerando uma onda de indignação nas redes sociais. Essa prática abusiva, que virou norma nos terminais do mundo todo, deixa qualquer viajante com gosto amargo antes mesmo do embarque.

     A situação só piora devido à falta de controle sobre os preços dentro dos aeroportos, o que permite que as empresas cobrem valores descomunais por produtos básicos, transformando necessidades em verdadeiros itens de luxo. Em aeroportos europeus, por exemplo, não há qualquer limite para os preços de alimentos e bebidas, o que permite que esses valores subam cada vez mais. Sem regulamentação ou pressão para conter esses aumentos, os viajantes acabam à mercê de preços absurdos, pagando o que for exigido por uma simples garrafa de água ou um lanche.

     Para piorar, as regras de segurança impostas após os ataques de 11 de setembro — que proíbem o transporte de líquidos acima de 100 mililitros — deixam os passageiros sem escolha: ou pagam ou passam sede. As empresas administradoras dos terminais justificam os preços como reflexo dos custos operacionais elevados, mas para quem paga, isso é uma desculpa sem sentido, especialmente quando o mesmo produto fora do aeroporto custa uma fração do preço. Os passageiros sabem que estão sendo explorados, e a cada compra se sentem mais desrespeitados.

     Embora alguns aeroportos ofereçam fontes de água gratuitas, essas opções são limitadas e, em muitos casos, nem funcionam ou deixam a desejar em qualidade. Para muitos, a única saída é comprar, mesmo com o orçamento apertado. O resultado? Uma frustração generalizada, pois é impossível aceitar preços tão desproporcionais. A situação fica tão descontrolada que, em alguns casos, acaba sendo mais barato comprar comida e bebida dentro do próprio avião do que nos terminais.

     Mas aqui vai a dica: a solução pode estar nas suas mãos! Por que não levar sua própria garrafa vazia e um lanche na bagagem de mão? Se todos os passageiros adotassem essa prática, as empresas talvez sentissem o impacto e fossem forçadas a repensar os preços. Imagine o efeito de um boicote coletivo — passageiros do mundo todo recusando-se a pagar esses preços e, em vez disso, trazendo suas próprias opções de casa. Esse simples ato de resistência tem o potencial de mudar o jogo, um passo poderoso para mostrar que o consumidor merece respeito.

     Então, na sua próxima viagem, prepare-se. Leve um lanche e uma garrafa para encher nas fontes de água (quando disponíveis), e diga um sonoro “não” a esses preços exploratórios. Pequenas atitudes, quando tomadas em massa, podem derrubar práticas abusivas. Afinal, o poder está nas mãos dos passageiros. Juntos, podemos transformar a experiência de viajar e exigir preços justos.

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