A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou um novo alerta sobre a falsificação do medicamento Ozempic, um produto amplamente utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e que tem ganhado popularidade também na perda de peso. A preocupação surgiu após a descoberta de que canetas de insulina Fiasp FlexTouch estão sendo readesivadas e reaproveitadas como se fossem canetas de Ozempic. Esse uso de produtos falsificados coloca em risco a saúde das pessoas, como no caso de uma mulher hospitalizada em estado grave no Rio de Janeiro. Diante disso, a Anvisa e a empresa Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, orientam a população a redobrar os cuidados na compra do medicamento.
Para identificar a falsificação, a Anvisa listou alguns aspectos visuais que diferenciam as canetas de Ozempic das de insulina. A caneta verdadeira do Ozempic tem cor azul clara, com um botão de aplicação cinza. Já as canetas de insulina Fiasp são azul-escuro, com um botão laranja. Além disso, o Ozempic é vendido apenas em canetas pré-preenchidas de 1 mg, com numeração de doses em 0 mg e 1 mg. Esses detalhes são fundamentais para evitar confusões e garantir a aquisição do produto correto.
Outra recomendação essencial da Anvisa é que a população só adquira o Ozempic em farmácias e estabelecimentos regularizados pela Vigilância Sanitária, sempre exigindo a nota fiscal. A venda em sites não autorizados, aplicativos e redes sociais é desaconselhada, pois aumenta os riscos de fraudes. A agência também alerta contra preços muito abaixo do praticado no mercado, já que esses são indícios de falsificação. Produtos com adesivos indicando “nova fórmula” devem ser evitados, pois a Novo Nordisk não lançou nenhuma nova versão do Ozempic desde sua chegada ao mercado, em 2019.
As embalagens do Ozempic verdadeiro apresentam também características específicas, como a integridade da caixa, sem rasuras, e informações padronizadas em português, que ajudam na identificação de produtos legítimos. Produtos com rótulos em idiomas estrangeiros ou com alterações visuais devem ser considerados suspeitos. Em caso de dúvida, a população e os profissionais de saúde devem evitar o uso e reportar imediatamente o ocorrido aos órgãos de fiscalização.
O alerta da Anvisa reforça a importância de verificar a procedência dos medicamentos, especialmente no caso de produtos como o Ozempic, que têm alta demanda e, por isso, podem ser alvos frequentes de falsificação. Ficar atento aos detalhes das canetas e buscar estabelecimentos confiáveis são passos simples, mas essenciais, para garantir a segurança na utilização desse medicamento.